Esse poema é uma homenagem a uma pessoa que... Bem, a sua identidade pouco importa. Por ela tenho um grande afeição, fiz esse texto de todo o coração e não sei se um dia ela lerá. Mas enfim, espero que vocês gostem.
O Grande Homem
Eu sei quando é especial...
Nem fazia ideia de tal...
E naquele dia na casa de Deus,
encontrei o protagonista dos sonhos meus.
- Tem tudo pra ser um grande homem
mas, as lágrimas o consomem.
Chora com os olhos virados pro céu
e procura aliviar as dores com um coquetel.
De tudo ele é capaz.
Tem um grande valor
que nem a mais forte dor
inescrupulosa, desfaz.
Ele estava a chorar
por algo que mais tarde
vai, triunfante, recuperar.
- Tem tudo pra ser um grande homem
mas, as lágrimas o consomem.
Chora com os olhos virados pro céu
e procura aliviar as dores com um coquetel.
Algumas palavras e gestos
ferem os sentimentos mais singelos.
Não sabe o que pensa, nem o que diz.
Mas não o culpo...
Ele está tão infeliz...
- Tem tudo pra ser um grande homem
mas, as lágrimas o consomem.
Chora com os olhos virados pro céu
e procura aliviar as dores com um coquetel.
Rezo porque o amo
e mesmo que não fosse o caso,
tenho um enorme apreço.
Os anos passarão aos milhões
mas dele nunca esqueço.
- Tem tudo pra ser um grande homem
mas, as lágrimas o consomem.
Chora com os olhos virados pro céu
e procura aliviar as dores com um coquetel.
Anelise de Nazaré
segunda-feira, 19 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
Saudade...
Eu realmente, não sei o que fazer. Me sinto em um beco sem saída, prisioneira dos meus medos e de coisas que eu já devia ter jogado ao vento. Me sinto tão insegura; acordo com um peso na consciência sobre mil e uma coisas que fiz no passado; coisas as quais trouxeram grandes consequências... E eu jpá estou cansada de todos os dias ter sempre a mesma rotina:
1. Acordar com celular tocando a música do filme "Memórias de uma Gueixa" às 6:00 da manhã;
2. levantar só meia hora depois
3. tomar banho;
4.acordar a minha mãe;
5.vestir o uniforme;
6.tomar café;
7. escovar os dentes;
8. pegar o ônibus pro colégio;
9. descer do ônibus em frente a uma escola pública e receber olhares fuzilantes;
10. Dizer bom dia pro porteiro e pra Higina;
11. Entrar em sala, sentar na frente, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, falar com algumas besteiras com os amigos, estudar, estudar, estudar, estudar, voltar pra casa, almoçar, dormir, estudar, pc, dormir...
Estou cansada disso. E o pior de tudo é que eu tenho nem por quê reclamar, afinal, foram escolhas que fiz e se estas me parecem tão monótonas é tudo culpa minha. As pessoas falam que eu choro demais; e algumas, maldosas por sinal - infelizmente, no mundo sempre tem gente assim - dizem que isso é só "faixada". Não sei se é coisa de adolescente, que como a minha "Baleinha" mesmo diz, tem mania de ver problema em tudo. É que eu não me sinto bem, tanto por dentro quanto por fora. Evito olhar-me no espelho e constantemente penso no passado. E quando saio de minutos de nostalgia, penso em meu futuro; totalmente idealizado, em que vivemos em um mundo melhor e em que todos os meus sonhos tornaram-se reais. Mas depois, parece que alguém estala os dedos diante de mim obrigando-me a voltar à realidade. E assim, penso triste: "tenho que estudar, não fui bem em tal prova."
Ano passado, no final de mais uma quinta-feira cansativa de retorno, eu estava sentada na escada da biblioteca, sozinha a pensar sobre alguém-que-não-deve-ser-nomeado (isso foi muito Harry Potter). Quando vejo, a Profª. Ana Maria se aproxima de mim e percebe o meu estado cabisbaixo. O que a mestra disse nunca me saiu da mente: "Ás vezes, acho que você é muito séria para sua idade. Isso é muito ruim pois quando você perceber, toda a sua juventude foi embora e não vai ter como voltar atrás." Tenho tentado aos poucos livrar-me de toda essa seriedade, os meus amigos são a maior prova disso. Mas, às vezes, não dá; prefiro ficar sozinha, absorta em meus sonhos e depois... Estudar... Por enquanto, vivo pra isso.
Sinto falta de alguém que me entenda, que me console. De alguém que esteja perto de mim a qualquer hora e a qualquer momento. Senão todo o tempo, pelo menos com certa frequência. Ah, que saudade eu tenho de ti, vovó Nazaré, o quanto eu queria que a senhora estivesse aqui...
1. Acordar com celular tocando a música do filme "Memórias de uma Gueixa" às 6:00 da manhã;
2. levantar só meia hora depois
3. tomar banho;
4.acordar a minha mãe;
5.vestir o uniforme;
6.tomar café;
7. escovar os dentes;
8. pegar o ônibus pro colégio;
9. descer do ônibus em frente a uma escola pública e receber olhares fuzilantes;
10. Dizer bom dia pro porteiro e pra Higina;
11. Entrar em sala, sentar na frente, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, falar com algumas besteiras com os amigos, estudar, estudar, estudar, estudar, voltar pra casa, almoçar, dormir, estudar, pc, dormir...
Estou cansada disso. E o pior de tudo é que eu tenho nem por quê reclamar, afinal, foram escolhas que fiz e se estas me parecem tão monótonas é tudo culpa minha. As pessoas falam que eu choro demais; e algumas, maldosas por sinal - infelizmente, no mundo sempre tem gente assim - dizem que isso é só "faixada". Não sei se é coisa de adolescente, que como a minha "Baleinha" mesmo diz, tem mania de ver problema em tudo. É que eu não me sinto bem, tanto por dentro quanto por fora. Evito olhar-me no espelho e constantemente penso no passado. E quando saio de minutos de nostalgia, penso em meu futuro; totalmente idealizado, em que vivemos em um mundo melhor e em que todos os meus sonhos tornaram-se reais. Mas depois, parece que alguém estala os dedos diante de mim obrigando-me a voltar à realidade. E assim, penso triste: "tenho que estudar, não fui bem em tal prova."
Ano passado, no final de mais uma quinta-feira cansativa de retorno, eu estava sentada na escada da biblioteca, sozinha a pensar sobre alguém-que-não-deve-ser-nomeado (isso foi muito Harry Potter). Quando vejo, a Profª. Ana Maria se aproxima de mim e percebe o meu estado cabisbaixo. O que a mestra disse nunca me saiu da mente: "Ás vezes, acho que você é muito séria para sua idade. Isso é muito ruim pois quando você perceber, toda a sua juventude foi embora e não vai ter como voltar atrás." Tenho tentado aos poucos livrar-me de toda essa seriedade, os meus amigos são a maior prova disso. Mas, às vezes, não dá; prefiro ficar sozinha, absorta em meus sonhos e depois... Estudar... Por enquanto, vivo pra isso.
Sinto falta de alguém que me entenda, que me console. De alguém que esteja perto de mim a qualquer hora e a qualquer momento. Senão todo o tempo, pelo menos com certa frequência. Ah, que saudade eu tenho de ti, vovó Nazaré, o quanto eu queria que a senhora estivesse aqui...
sábado, 3 de abril de 2010
O poder de condenar
"Um morador de rua teve o corpo coberto por tinta spray prateada e depois recebeu um banho de urina nos pés, na madrugada de ontem, em Porto Alegre. Vanderlei Pires, de 35 anos, dormia na esquina da Rua Lobo da Costa com a Avenida João Pessoa, próximo ao centro da cidade, quando foi vítima do ataque.
De acordo com uma testemunha que acompanhou o socorro à vítima, um carro branco com jovens aparentemente alcoolizados parou próximo a Pires quando ele já estava pintado. O motorista desceu do veículo e urinou sobre seus pés.
A mulher que assistiu à cena anotou a placa do carro e entregou os dados à polícia. A vítima foi atendida no Hospital de Pronto Socorro e no Instituto Médico Legal, depois foi encaminhada a um albergue da prefeitura.
Ainda durante a manhã, o advogado Jefferson Cardoso, de 47 anos, soube do ocorrido pela imprensa e se ofereceu para representar o morador de rua. "Vim ajudar 50% como advogado e 50% como cidadão", disse Cardoso. "Faço um apelo para que alguma instituição o receba. Ele precisa começar a se tornar um cidadão e ter um pouco de dignidade." A polícia investiga o caso, mas não informou se algum suspeito foi identificado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo "
Bem, eu não vou escrever sobre a notícia acima transcrita do site http://www.estadao.com.br/ e sim da minha reflexão a partir da declaração de minha mãe ao ver o caso no Jornal da Globo de ontem, sexta-feira, 2 de Abril:
"São um bando de filhinhos de papai! Agora esse advogado vai fazer com que os papais deles indenizem o pobre do mendigo! Se fosse meu filho, eu enchia de porrada, pintava de spray e fazia ele ficar na rua de Estátua Viva. Caso algum amigo dele perguntasse, ele diria assim: 'Não, é que eu resolvi dar uma de estátua viva pra pegar uns trocados e assim pagar a indenização daquele pobre coitado."
Minha mãe é assim mesmo. Mas eu tenho de dizer que não gostei de sua declaração. Realmente, o que os jovens fizeram com Vanderlei foi horrível. Eu pude perceber, não só pela declaração da minha querida "Baleinha", mas também por outros fatos, que a maioria dos brasileiros tem este hábito: condenar o próximo.
Isso pôde ser visto durante as sessões do Julgamento de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, em que os reús foram condenados a a 31 anos de prisão e 26 anos de reclusão respectivamente por homicídio triplamente qualificado. Do lado de fora do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, centenas de pessoas - incluindo mulheres com crianças de colo às 00h e 40 min - vibravam pela sentença do júri balançando as grades do tribunal e gritando: "Assassinos, assassinos, assassinos!" de tal forma que - desculpe pela comparação, mas não consigo achar outro elemento compatível - parecia a comemoração da vitória de um time de futebol. O próprio Promotor de Justiça Francisco Cembranelli declarou em entrevista:
"O que essas pessoas estão comemorando? Por causa da multidão eu tive que comparecer às sessões em carros diferentes! Uma criança foi morta, duas crianças estão órfãs e dois pais estão com seus filhos presos! A justiça foi feita, sim; mas é incrível perceber como o ser humano tenta fazer a sua própria justiça."
Agora eu me pergunto: porque o ser humano parece procurar os pecados no outro e o condena se ele, na sua condição de uma criatura que também erra, não olha pra dentro de si e percebe as suas falhas? À declaração de minha mãe, eu respondi: "Não condene esses jovens, a senhora não está dentro das leis dos homens para condená-los e muito menos é Deus para fazer tal ato." Não digo que perante às atrocidades do mundo tais como pedofilia, corrupção, assassinatos, roubos etc. fiquemos calados e sim que devemos ter em consciência de que forma estamos condenando o semelhante. É certo xingar o criminoso, surrá-lo, matá-lo - como acontece em alguns bairros de Belém, em que os cidadãos matam o bandido à sangue frio - e fazer essa tal "justiça com as próprias mãos"? Onde estão os Direitos Humanos? Sei que os aparelhos Judiciário e Executivo não são dos melhores em nosso país, mas essa justiça do "olho por olho e dente por dente" nos levará a uma barbárie.
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