Eu realmente, não sei o que fazer. Me sinto em um beco sem saída, prisioneira dos meus medos e de coisas que eu já devia ter jogado ao vento. Me sinto tão insegura; acordo com um peso na consciência sobre mil e uma coisas que fiz no passado; coisas as quais trouxeram grandes consequências... E eu jpá estou cansada de todos os dias ter sempre a mesma rotina:
1. Acordar com celular tocando a música do filme "Memórias de uma Gueixa" às 6:00 da manhã;
2. levantar só meia hora depois
3. tomar banho;
4.acordar a minha mãe;
5.vestir o uniforme;
6.tomar café;
7. escovar os dentes;
8. pegar o ônibus pro colégio;
9. descer do ônibus em frente a uma escola pública e receber olhares fuzilantes;
10. Dizer bom dia pro porteiro e pra Higina;
11. Entrar em sala, sentar na frente, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, falar com algumas besteiras com os amigos, estudar, estudar, estudar, estudar, voltar pra casa, almoçar, dormir, estudar, pc, dormir...
Estou cansada disso. E o pior de tudo é que eu tenho nem por quê reclamar, afinal, foram escolhas que fiz e se estas me parecem tão monótonas é tudo culpa minha. As pessoas falam que eu choro demais; e algumas, maldosas por sinal - infelizmente, no mundo sempre tem gente assim - dizem que isso é só "faixada". Não sei se é coisa de adolescente, que como a minha "Baleinha" mesmo diz, tem mania de ver problema em tudo. É que eu não me sinto bem, tanto por dentro quanto por fora. Evito olhar-me no espelho e constantemente penso no passado. E quando saio de minutos de nostalgia, penso em meu futuro; totalmente idealizado, em que vivemos em um mundo melhor e em que todos os meus sonhos tornaram-se reais. Mas depois, parece que alguém estala os dedos diante de mim obrigando-me a voltar à realidade. E assim, penso triste: "tenho que estudar, não fui bem em tal prova."
Ano passado, no final de mais uma quinta-feira cansativa de retorno, eu estava sentada na escada da biblioteca, sozinha a pensar sobre alguém-que-não-deve-ser-nomeado (isso foi muito Harry Potter). Quando vejo, a Profª. Ana Maria se aproxima de mim e percebe o meu estado cabisbaixo. O que a mestra disse nunca me saiu da mente: "Ás vezes, acho que você é muito séria para sua idade. Isso é muito ruim pois quando você perceber, toda a sua juventude foi embora e não vai ter como voltar atrás." Tenho tentado aos poucos livrar-me de toda essa seriedade, os meus amigos são a maior prova disso. Mas, às vezes, não dá; prefiro ficar sozinha, absorta em meus sonhos e depois... Estudar... Por enquanto, vivo pra isso.
Sinto falta de alguém que me entenda, que me console. De alguém que esteja perto de mim a qualquer hora e a qualquer momento. Senão todo o tempo, pelo menos com certa frequência. Ah, que saudade eu tenho de ti, vovó Nazaré, o quanto eu queria que a senhora estivesse aqui...
sábado, 17 de abril de 2010
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oie
ResponderExcluireu até que te entendo um pouco. minha mãe vive me dizendo pra relaxar, pra ser mais aberta, mais tolerante, menos séria. eu não sei por que sou assim, não sei por que você é assim, mas talvez seja só o nosso jeito. talvez, só precisamos aprender a relaxar um pouco e curtir a vida, aproveitá-la enquanto ainda somos jovens. com certeza, a ana maria falou aquilo porque deve ter passado por uma experiência parecida.
mas, ao invés de idealizarmos nosso futuro (sim, eu tb) vamos ser felizes de uma vez por todas! :D